Introdução
Qualquer concepção religiosa do mundo implica a distinção do sagrado e do profano, opõe-se ao mundo em que o fiel se entrega livremente à s suas ocupações, exerce uma atividade sem consequências para a sua salvação, um domÃnio onde o temor e a esperança o paralisam alternadamente, onde, como à beira de um precipÃcio, o mÃnimo desvio no mÃnimo gesto pode perdê-lo irremediavelmente. Com toda a certeza, tal distinção nem sempre basta para definir o fenômeno religioso, mas pelo menos fornece a pedra-de-toque que permite reconhecê-lo com a maior segurança.
Sagrado
Geralmente, os elementos que compõem o sagrado são considerados como imutáveis, quer dizer, a manipulação dos mesmos, embora seja através do pensamento, deve responder a rituais bem definidos, no entanto, não respeitar estas regras, ou o que ainda é pior, atuar contra elas será considerado um pecado, o que formalmente se denomina como o termo de sacrilégio. O mais grave dos sacrilégios existentes é o da profanação, que consiste na introdução de elementos profanos em um recinto considerado como sagrado.
Por outro lado, aquilo que desperta veneração e respeito, tenha relação ou não com algum culto religioso, também será designado como sagrado. Para Maria, seu pai é sagrado, qualquer coisa que digam contra ele, ela ficará tremendamente incomodada.
O asilo ou qualquer outro lugar que serve para refugiar-se de um perigo, é conhecido como sagrado. Refugiou-se para escapar de seus perseguidores.
Entretanto, o Sagrado Coração de Jesus é para a Igreja Católica o coração fÃsico de Jesus, que tem como sÃmbolo de amor divino, está referido à vida emocional e moral de Jesus de Nazaré e especialmente a seu amor incomensurável pela humanidade. O mesmo representa através de uma coroa de espinhas e feridas, e simboliza o amor e a dor que sente Cristo por não poder salvar a todas as pessoas.
Profano
O termo "profanação" consistem em tratar o que é sagrado com desprezo, geralmente expresso com termos blasfemos ou sexualmente transgressivos. De fato, o termo "profanação" deriva da terminologia bÃblica para "do lado de fora do templo". Os cristãos compreendem que a raiva é o principal combustÃvel da profanação, tendo o pecado como seu alicerce; por isso, é algo a ser evitado, como afirma e deixa claro I Timóteo: 2: "Ó, Timóteo, guarda o que te foi confiado, evitando falatórios profanos e inúteis". Ignorar essas regras leva vários heróis e heroÃnas da BÃblia a sentir tristeza, como ilustrado pela negação de Jesus Cristo pelo apóstolo Pedro, após a sua captura pelas autoridades locais: "Então ele começou a praguejar e a jurar, dizendo: 'Não conheço este homem!' E imediatamente um galo cantou" (Mateus 26:74).
Quando nos referimos ao elemento profano estamos nos referimos ao mundo atual em que vivemos com as coisas diárias que fazemos, e que não possui relação alguma com a divindade ou divindades, refere-se exclusivamente a vida humana em si, como o ato de namorar, trabalhar, estudar, comercializar, etc. E que nada tem a ver com o culto as divindades. Deste modo, são profanos todos os atos e relações humanas que não estão relacionados ao culto à divindade.
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